sábado, 19 de setembro de 2009

História em Quadrinhos / artista convidado: Apollo Magno

Apollo Magno

Artista gráfico /
Guaratinguetá - sp
contato: apollomagno@hotmail.com
site: http://apoloart.blogspot.com













Quadrinhos,
Quadrões ou
arte sequencial?
texto, hq's e ilustrações: apollo magno






















O primeiro quadrinho de que me lembro ter em mãos foi à revista X-men 2099 do artista Romlin (naquela época em que todos imitavam o quadrinista Jim Lee, até o nome deste desenhista chego a soar familiar, curioso não?) as historias eram enormes e complexas (o que fazia com que acompanhássemos com muito custo à revista) afinal o Real havia tomado lugar do cruzado e a economia começava a se recuperar numa época que o dinheiro não valia muito.
Foi à primeira revista que acompanhei do começo ao fim (foram quase trinta números) achava o máximo, queria desenhar igual a ele algum dia (na época mal sabia o que era Marvel, DC, muito menos Jim Lee) quadrinho para mim era turma da Mônica e olhe lá.

Anos mais tarde depois de acompanhar algumas revistas da Image desenhadas por Marc Silvestri, depois descobri Conan o bárbaro desenhado pelo mestre John Buscema, boas histórias, bons desenhos e sagas incríveis (como a Torre do Elefante) escritas pelo seu bom escudeiro Roy Thomas.
Meu pai gostava muito do desenho do Buscema e das histórias deste, por isso fomos completando a coleção indo repetidas vezes ao sebo do messias perto da brigadeiro luis antonio (enquanto ele levava livros raros de 1800 e 1700 e lá vai bordoada eu levava quadrinhos) o que garantiu um boas leituras, afinal do numero um da revista ao cem nos falta apenas uma edição (sorte minha e do dono do sebo) rsrs. De Conan, descobri Tintin do Hergé com A Estrela Misteriosa (agora em quadrinhos, antes só conhecia o desenho que passava na cultura) em seguida will Eisner com Moby Dick, Corto Maltese de Hugo Pratt com a Balada do Mar Salgado e finalmente Batman: o Cavaleiro das Trevas por Frank Miller e Lynn Varley.
Anos passaram e ingressei na escola Quanta em São Paulo e depois de certo tempo fui estudar quadrinhos com Marcelo Campos e Sergio Codespoti (ícones para mim do que acredito ser quadrinhos) com eles descobri uma infinidade de títulos, gêneros, gostos, estilos e nacionalidades de quadrinhos:

De Jack Kirby, David Mazuchelli, Joe Kubert, Hal Foster, Winsor Mcay, Will Esiner, Alex Raymond, Milton Caniff passando por Matt Wagner, Tim Sale, Robert Crumb, Charles Schulz até chegar em Mike Mignola, Eduardo Risso, Jose Ortiz, Ivo Milazzo, Serpiere, Milo Manara, Moebius, Guido Crepax (isso sem mencionar uma infinidade de outros excepcionais artistas desde estrangeiros a brasileiros, que não daria para enumerá-los todos sem se esquecer de algum, como é o caso de Ziraldo, Flávio Colin, Jayme Cortez, Nico Rosso, Eugênio Colonese, Fernando Gonzáles, laerte, angeli entre muitos outros).
Só a partir daí que tive uma noção do que realmente podia ser entendido como quadrinhos (antes achava que era história para criança, depois achei que era coisa de super-herói) por fim descobri que era muito mais que uma linguagem híbrida entre o texto e a imagem, mas sim uma bela e singular maneira de contar histórias, tão refinada quanto qualquer boa literatura ou arte de que se tenho lido, visto ou ouvido falar.
Ainda faltava um ponto nesta história toda...





















Passar da admiração de ler uma historia, ao prazer de produzir e desenhar uma coisa só sua (pelo menos a princípio) afinal nada mais natural para quem desenhava desde os dois anos de idade, e sonhava com isso boa parte da adolescência?
Digo que este capítulo ainda está sendo escrito, pois nunca me vi fazendo quadrinhos até então (apesar de ter sonhado com isso uma época, pois achei que seria o caminho mais natural para quem desenha) sempre vi dissociado o desenho, a ilustração e os quadrinhos, e quando fui estudar pintura e ilustração as áreas me soaram ainda mais distintas...
Só então à medida que o tempo foi passando e a minha percepção foi mudando é que comecei a integrar as coisas e vi meu sonho se materializar, afinal muda-se a linguagem, mas a expressão é a mesma (pelo menos à vontade de dizer algo) independente do que se use para ser ouvido (como no meu caso que sempre extravasei em outras formas de expressão artísticas como a música e a poesia, que por mais diferentes que sejam, são maneiras que encontrei para extravasar uma vontade latente de dizer algo... de dialogar de uma certa maneira).

Bom posto a seguir o resultado deste processo (que ainda segue em curso, sabe-se Deus onde isto vai parar... rsrs) espero que aproveitem tanto quanto eu aproveitei e me diverti fazendo cada uma destas páginas... Boa leitura e lembranças minhas a Jim Lee...




O sonho de todo quadrinista que se preze é de desenhar os personagens que nutria certo fascínio na infância e adolescência... Bom aí está o resultado, uma homenagem ao fisiculturista Lou ferrigno (que interpretou o Hulk no cinema no passado) e outra a um dos mais cultuados personagens de todos os tempos, que o Spiderman (de stan lee e Steve Dikto).

Homenagem a Lou Ferrigno (clique na imagem para ampliar)














Homenagem ao Menino Teia (clique na imagem para ampliar)












As duas páginas a seguir remetem ao hábito pouco comum de ler filosofia durante a noite (geralmente surge alguma idéia absurda, sem pé nem cabeça) e logo me vejo tentando um pouco transpor para o papel aquilo que vislumbrei nos livros:



Lições do pai de um príncipe pequeno (clique na imagem para ampliar)












Silogismos filosóficos (clique na imagem para ampliar)









Universo 3d (clique na imagem para ampliar)









A próxima hq é uma homenagem minha a Umberto Eco (que sublimando toda incongruência metafísica, mística e filosófica da historia das cruzadas e dos cavaleiros templários) retrata em um de seus livros este pedaço curioso da história. Nada mais que uma simples menção a um bom escritor:

Contrato social (clique na imagem para ampliar)












As três seguintes retratam fatos corriqueiros do dia que muitas vezes passam despercebidos, mas que tentei capturar e transformar em humor non-sense (ou escatológico) como costumam dizer alguns...Por mais estranho que isso soe (afinal escatologia pra mim sempre foi o estudo do fim dos tempos segundo a bíblia e não tem nenhuma ligação com humor) pelo menos não que eu saiba...akkaka

Kid Maromba (clique na imagem para ampliar)

















Egg's Man (clique na imagem para ampliar)

















Carlitos Tevez (clique na imagem para ampliar)


4 comentários:

  1. sou fã dos seus quadrinhos xD e a revista ficou demais! adorei xDDD beijo ;♥

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  2. CARA, PARABÉNS PELO NOVO ESPAÇO!SEUS TRABALHOS CONTINUAM C/ A QUALIDADE DE SEMPRE.GOSTEI BASTANTE DAS SACADAS DE SUAS TIRAS, EU AINDA NÃO HAVIA LIDO NADA SEU, MAS VALEU A SURPRESA.VOCÊ É UM ARTISTA REALMENTE COMPLETO, TRAÇO FIRME E AUTORAL, CORES DINÂMICAS E TEXTOS REALMENTE CONSISTENTES ...MAIS UMA VEZ PARABÉNS PELO TALENTO, MEU VELHO!

    ABRAÇÃO.

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  3. Parabéns Apollo!!!
    Teu trabalho, tua arte, bem como tua grandeza de espírito, continuam crescendo!!!

    Um super abraço!!!

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  4. Parabéns Apollo !!!!!!!!!!
    trabalho de artista sem dúvida!!!!!!!!!!
    não é somente desenho ou quadrinhos
    é arte
    até mais
    Henrique Banda Mamut Van Halen Cover

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